Titulo: Como manter uma multidão curada?
Postado por: Valdir Pereira da Luz
Como manter uma multidão curada?
Mateus 9:36
Precisamos equipar a igreja no sentido de buscar efetuar uma eficiente intervenção em crises, quer pessoal, quer social. Como manter uma multidão curada?
Muitos são os aspectos que podem ser abordados para buscar responder com consistência a esta tão importante indagação, mas prefiro considerar aquele que julgo emergencial e que se amplia ao ser colocado em prática.
Creio que todos nós nos alarmamos com o grande número de indivíduos que sofrem perdas no seu dia-a-dia e que, muitas vezes, não encontram apoio, socorro no auxílio na elaboração de seu luto.
A multidão poderá manter-se curada se nós, igreja, pudermos oferecer as oportunidades que levem-na a optar por um caminho de maturidade emocional através dessas perdas, evitando assim, que caiam em processos desajustados que são resultado de perdas mal resolvidas.
Percebemos que as pessoas ao sofrerem perdas (morte de filhos, abandono pelo marido) ou traumas (doenças terminais, acidentes automobilísticos), perdem seus referenciais de vida, sua fé, sua rede de apoio social, e, então se segue uma série de episódios que criam uma atmosfera de desajustes emocionais e por conseqüência uma total desorganização de vida.
Precisamos, portanto, equipar a igreja no sentido de buscar efetuar uma eficiente intervenção em crises, quer pessoal, quer social.
A ajuda adequada, em qualquer momento, mesmo em uma forte crise, pode levar uma pessoa a romper um círculo vicioso e faze-la aprender a ter reações que levem-na a seguir seu processo de crescimento pessoal. E, se assim acontecer, veremos que este indivíduo que
supera a crise, que sobrevive a uma tragédia ou algum trauma, torna-se mais capaz e mais seguro.
Para que esta ajuda aconteça e, então, cada indivíduo que compõe a multidão mantenha-se curado é necessário:
1. Treinar e capacitar líderes a trabalharem como facilitadores de recuperação emocional (Êxodo 18:21-23):
Temos vivido uma visão ministerial na qual percebemos claramente a multiplicação que é gerada. Não há falta de alimento pela Palavra de Deus quando do ajuntamento de Seu povo, tanto nos cultos como nas células e encontros nos seus mais variados níveis. Porém, mesmo em meio a um mover tão sobrenatural alguns não conseguem manter a unção de cura que nos faz superar traumas e perdas do cotidiano.
E, por outro lado, líderes deparam-se com situações na vida de seus discípulos das quais surpreendem-se ao notar que ainda lhes faltam recursos para ajuda-los nesta superação em crises relacionadas a perdas e traumas.
Esses líderes precisam ser treinados ao aconselhamento fundamentado na Bíblia, aliado ao conceito da grande importância do discipulado na tarefa de ajudar as pessoas. Com isso não se deve concluir que as técnicas da psicologia sejam inteiramente descartáveis.
Precisamos aprender a oferecer ajuda as pessoas que fazem parte do nosso dia-a-dia, para que verdadeiramente sejamos sal da terra e luz do mundo.
Com isso, temos agora um grupo que foi socorrido e que está apto a socorrer e curar a outros. Cresce portanto o grupo de facilitadores de recuperação emocional: o primeiro grupo foi treinado pela necessidade de auxílio a outros e, este segundo grupo teve seu treinamento por ter experimentado o socorro e a consolação recebidos.
2. Lançar mão dos que foram consolados e agora se tornam aptos a consolar (II Coríntios 1:3-7)
Vemos que a ajuda pode vir de duas formas: dos que se dispuseram por compaixão aos que necessitavam e dos que foram forjados pela dor e agora estes conseguem colocar-se no lugar daquele que está sendo atribulado.
Todos os dois grupos serão bem sucedidos no auxílio à multidão se cumprirem o que Moisés cumpriu a respeito do conselho de seu sogro Jetro: se estiverem debaixo da cobertura de alguém habilitado na utilização de técnicas de psicologia, que, se usadas com equilíbrio muito sadio, estão a nossa disposição para auxílio.
Estes grupos de apoio para levar a multidão a ser e se manter curada
contam com essa supervisão técnica para que as causas mais graves sejam esclarecidas com suporte de um profissional ao conselheiro que poderá dar seqüência ao processo de aconselhamento; ou para que haja encaminhamento daquele que vivencia a crise a esse supervisor para que este possa intervir de uma forma mais profunda que o aconselhamento:processo terapêutico.
Nossa meta dentro dos aspectos aqui abordados é de fazer com que a multidão aprenda e vivencie que nos momentos onde nos falta aquilo que considerávamos nosso apoio natural podemos aproveitar a oportunidade dada por Deus de experimentar o sobrenatural que nos
leva a lugares altos.
Pra. Adriana Pacheco